segunda-feira, 11 de maio de 2009

Capítulo 6



Fantasmas da modernidade

Não há fato que assuste mais o ser humano que vive em sociedade do que o desemprego. Os meios de comunicação notificam-no, diariamente, como um dos principais fantasmas sociais da virada dó século XX para o XXI, levando as pessoas a se preocuparem mais com sua situação no emprego do que com a segurança pessoal e a saúde.

O fenômeno que foi mais responsabilizado pelo aumento do desemprego, foi à globalização da economia. Ela altera as relações da sociedade com os meios de produção.

O avanço tecnológico é o maior fator por essa alteração. Basta visitarmos uma empresa automobilística, e ver robôs, computadores que substituíram equipes humanas. O ser humano ainda mantém um vínculo com essas máquinas, para operá-las, mas são necessários poucos indivíduos, e estes precisam ter conhecimentos específicos e refinado preparo técnico.

Desemprego estrutural

No século XIX, quando estava acontecendo a Revolução Industrial, houve notícias de trabalhadores que invadiram fábricas para quebra máquinas à vapor que tiraram seus empregos. No presente não há noticias de alguém que tenha depredado robôs e computadores por ter sido despedido de sua empresa. Mesmo por que a segurança nas empresas é um fator primordial. Mas a revolta dos trabalhadores vem por outros meios, como a baixa no consumo pelo aumento da violência e da miséria.

Havia uma época em que o desemprego era clínico . Hoje se fala muito em desemprego estrutural.

A Terceirização foi uma forma de reagir contra o desemprego.

Além do trabalho autônomo, há uma modalidade de serviço que também virou prática no Brasil: o subemprego.

É claro que o subemprego é uma prática condenável, pois só traz vantagens para o empregador. Nesse caso, alei trabalhista protege o trabalhador. Mas o subempregado que reclama na justiça, contra o patrão, nem consegue caracterizar sua situação, pois tem dificuldade de apresentar provas. Um exemplo de subemprego é dos trabalhadores domésticos.

No final do século XX o desemprego se agravou nos países desenvolvidos. Nesses países, como os profissionais ficaram especializados, a mão-de-obra ficou cara, pois os profissionais exigiam salários elevados. Some-se a isso a evolução dos trabalhadores, que se organizaram em sindicatos fortes e atuantes.

A saída que as multinacionais encontraram para contar o problema de custo operacional é montar suas fábricas nos países emergentes, onde a mão-de-obra ainda custa menos que a instalação e manutenção de robôs e computadores. Continentes como Ásia e a África muitas vezes tem sua taxa de desemprego razoavelmente baixas. Já a Europa tem alcançado níveis de desemprego que só foram vistos em períodos de pós-guerra, porque a mão-de-obra, extremamente especializada, é muito cara.

Desemprego no Brasil

Muitos trabalhadores são demitidos sem justa causa.Por causa da queda de consumo e custo de produção.

Às vezes a diminuição dos custos só é possível com mudanças. Nas grandes metrópoles, por exemplo, o custo da mão-de-obra, dos terrenos, da construção Civil é o mesmo dos impostos elevados. Com isso, as empresas demitem em massa para reduzir os custos. Algumas delas acabam se mudando para Cidades menores, onde encontram terreno e mão-de-obra mais baratos.

Paralelamente a tudo isso, o Brasil tem uma inércia muito grande para reagir aos rumos da história.

Na prática consta-se que as mudanças são lentas e que os produtos vão para o mercado embutindo em seus custos um aumento que só prejudica sua competitividade, tanto no mercado interno quanto no externo. De um tempo para cá passou-se a falar num tal CUSTO BRASIL, que é a rotulação crítica que se atribui ao peso tributário que está atrasando o país em sua entrada competitiva no processo de globalização econômica.