segunda-feira, 27 de abril de 2009

Capitulo 4 -Multinacionais e Transnacionais







As empresas transnacionais são como filhos que seguiram os passos dos pais e acabaram superando-os em seus empreendimentos pessoais e profissionais. Objetivamente isso quer dizer eles nasceram com uma nacionalidade, mais com o seu crescimento deixaram de ser nacionais. Tornaram-se multinacionais à medida que foram se espalhando pelo mundo, e adaptando seus produtos para os costumes diferentes das nações. Assim se tornaram transnacionais.

As empresas transnacionais tem por sua maior característica, o modo de produzir os componentes num país, fazer a montagem num segundo país, vender esses produtos num terceiro país, e assim por diante. No Brasil, os maiores exemplos de transnacionais são as indústrias de automóveis. Por exemplo um carro brasileiro da linha Fiat, pode ser encontrado com componentes vindos de varias partes do mundo.

As empresas transnacionais são as maiores responsáveis pela globalização de produção. Elas são independentes, podemos perceber por causa que buscam suprir seus interesses próprios. Há muitos anos, quando uma empresa estrangeira instalava uma filial no Brasil ( comumente chamada de branch ), era obrigada a seguir as instruções de sua matriz e fabricar produtos que seguiam rigorosamente aos padrões por ela adotado. Hoje em dia, é diferente, as empresas estrangeiras fazem pesquisas para atingir o mercado consumidor especifico de cada país, com as necessidades do local. As vezes exportam seus produtos,e acabam competindo com a sua própria matriz. Por causa disso, muitas filiais entram em choque com suas matrizes.

O enfraquecimento do Estado- Nação

No Brasil a palavra Estado é usada para dividir o país em unidades de federação. Já em outros países essa divisão é chamada de condado ou província.

De um modo mais amplo, Estado significa nação, que também pode ser chamada de Estado-Nação ou simplesmente de Estado. Assim podemos concluir que quando falamos Estado-Nação estamos nos referindo a um país, que tem a mesma unificação de leis, usos e costumes.

A Ciência política, define Estado como o conjunto que congrega um povo, seu governo e seu território.

É necessário compreender o significado de Estado-Nação para saber para poder entender como o fenômeno da globalização de produção tende a enfraquecê-lo. Com o avanço das transnacionais, e o intercâmbio profissional e produtivo que elas provocam entre os povos, o Estado-Nação pode desaparecer em alguns anos. A globalização está transformando o planeta Terra em uma única nação, ignorando as fronteiras que delimitam seus territórios.

É difícil imaginar o mundo como um único país, por causa das implicações políticas, culturais, religiosas, étnicas dessa unificação não são fáceis de ser administradas. Mas o que podemos observar, é que na prática, muitas fronteiras estão perdendo sua razão de ser.

Nos países Europeus, existe um acordo que prevê o final dos controles das fronteiras. Ao embarcar no TGV os europeus podem ir para qualquer parte da Europa, sem ter nenhuma fiscalização na fronteira.

Observe o texto a seguir como a globalização mexe com a indústria e o mercado de trabalho.

A indústria automobilística brasileira em tempos de globalização.

Houve um presidente brasileiro que comparou os carros produzidos no Brasil com carroças. Certamente isso não poderia ser dito hoje em dia. Os carros nacionais, por mais modestos que sejam, possuem agora os recursos tecnológicos mais modernos. Isso se deve a uma concepção revolucionária adotada pela indústria automobilística : os sistemas modulares.

Antigamente, inúmeros trabalhadores braçais tinham à sua disposição uma infinidade de peças para a construção de automóveis. Hoje em dia, é diferente porque as peças são feitas em outros locais, até chegarem à montadora final do veículo, que tem pouco trabalho para fazer o ‘’fechamento do pacote’’ .

Com isso, a fábrica consegue obter um produto acabado a preços mais competitivos no mercado, inclusive porque dispõe de robôs em sua linha de montagem. Procedimento análogo é visto em outros setores, como o de eletrodomésticos e o de informática.

Entretanto, essa sistemática gerou um grande problema, o desemprego estrutural. De uma hora para a outra, milhares de trabalhadores foram dispensados das indústria, dando lugar a ‘’colegas’’ biônicos. Por tabela, o emprego industrial no Brasil caiu 50% no período de 1989 a 1998. E o montante de salários caiu de 30% no mesmo período.

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